Crônica “des-simplicidade”, em Vida Sete Chaves

O maior pecado é fazer da vida um lugar comum.

Quando a gente se acostuma com as coisas ao redor e faz delas mais do mesmo, a própria vida se esvai. Uma galinha, senhoras e senhores, não é apenas uma simples galinha, e entender que aquela galinha é única no mundo é o que a torna uma galinha extraordinária. Ela botará os ovos que servirão para fazer o bolo do aniversário da minha mãe. Ou seja: uma função muito importante para o dia de aniversário da minha mãe.

Aquele prédio… isso, aquele prédio da esquina foi onde morou um grande professor da faculdade, que ensinou muita gente nessa cidade a crescer, ensinou a ensinar e hoje dá o nome à escola da vila. o prédio, enorme, é feito de cimento, uma bela invenção do homem, que permitiu construir casas, escolas, hospitais e tantas outras coisa que, assim como o professor, foram essenciais à vida de muita gente.

Essa árvore que o vizinho está prestes a cortar tem 80 anos; minha avó, desde fala dela, lembra dela desde menina. Já deu flores, frutos, sombra e proteção a muita gente. Sem falar na fotossíntese… Ah… a fotossíntese! Processo magnífico de troca gasosa e purificação do ar, alimentação da planta. Coisas da natureza, do mundo real que nós não vemos, não percebemos, mas com a nossa própria vida agradecemos por acontecer. E é a árvore que o vizinho quer cortar…

Esse computador que você está usando nesse exato momento, é um objeto magnífico: cheio de tecnologia inventada depois de muito suor, teste, desistências daqui e dali. Uma função binaria que faz cada coisa… Como será que foi  descoberta do materiais, juntas,…

São tantas maravilhas do nosso mundo que, na correria do dia a dia, não enxergamos que todas as coisas são extraordinárias pela simples possibilidade que tiveram de ser: uma galinha, um prédio, um computador.

Faça o teste: muito mais coisa se mostrará mais viva e extraordinária.