Dejà vu

Saudosismo é meu sobrenome.

Cada objeto, lugar, pessoa tem uma história com a gente. Vamos construindo momentos para serem lembrados pela vida toda, mas não imaginamos o quanto isso, lá no futuro, vai nos embriagar, seja por bons ou péssimos sentimentos, todos retornarão quando tiverem, há muito, virado passado.

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Aí o tempo passa, tudo muda, coisas malucas e normais acontecem aos montes, chega gente e sai gente das nossas vidas; umas marcam mais, algumas deixam a sensação do “já vai tarde” e não fazemos o menor esforço para lembrar nem mesmo o nome, pra ser capaz de esquecer toda a chateação causada.

Mas tem gente… Ah, tem gente que provoca o desejo de jamais querer se afastar. Claro, que como todo bom humano, a gente só se dá conta lá na frente, quando o rumo da vida já mudou e a distância foi praticamente inevitável. Não há como voltar, restaram apenas lembranças que parecem existir só nos nossos corações.

Arrebatador mesmo é reencontrar essa tal gente e sentir que tudo parece exatamente igual, mesmo estando completamente diferente. Aquela que você adorava, ela também te adora! Aquele que jurava que não lembraria de você, ele lembra com tanto carinho que é impossível explicar. Tem aquele… ah, quantas histórias viveu com ele e, olha!, sim!, ele lembra de tudo!

O coração bate mais forte de alegria, de saudosismo feliz, a alma é invadida por sorrisos involuntários que aliviam até mesmo as mais tristes lembranças a que esse passado também remete, as dores da ausência daquela que ficou eterna somente nas lembranças, mas que hoje são aconchegadas na frase dele: “sei histórias ótimas sobre ela”…

Um passado que tinha tudo pra não voltar, volta como uma sequência de dejà vu que só faz sorrir e querer mais.